sábado, 31 de outubro de 2009

Parece, mas não é - a história dos idiomas denorex


O pequeno restaurante espanhol havia herdado o telefone de um outro estabelecimento e recebia várias chamadas procurando por pessoas de lá.

Até que um dia, um grande jornal da cidade descobriu as tapas e vinhos do local e uma repórter ligou para marcar fotos:

- Hola
- Oi, eu quero falar com o proprietário, por favor
- No, no trabaja mas aqui.
- Não, não. Eu preciso falar com o proprietário daí.
- Pero aqui no trabaja ningun Pepe Otario
- ... Eu quero falar com o Pro-pri-e-tá-rio, ele está?
- Oye, ya dice que no hay Pepe Otario acá!
- ...por favor, tem alguém aí com que eu possa falar e que entenda português?

Desfeito o mal entendido, a moça estrangeira ficou roxa de vergonha e a história virou piada e bar.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Espiritualidade no metrô



Parte 1

- A Cris foi numa mulher outro dia e ela falou que, quando uma pessoa morre e ainda tem um carma a pagar, pode passar isso para alguém.
- Jura? Mas como?
- É só falar o nome da pessoa que ela quer que continue com aquele amontoado de culpa e sofrimento na hora que está morrendo.
- Ai credo.
- Pois é. E num é que a vó dela morreu esses dias e na hora H falou: “Cristiaaane”.
- Tá brincando!
- Tô nada. Já pensou?
- Você acredita nessas coisas, né? Mas eu não acredito, não. Não acredito nem em horóscopo.

Parte 2

- Menina, você viu o que aconteceu lá na Austrália?
- Não. O quê?
- A moça deixou o carrinho de bebê cair na linha do trem.
- Jesuis! Mas como ela fez isso?
- O carrinho saiu andando sozinho.
- E o bebê?
- Não sofreu nenhum arranhão.
- Será que ela vai na igreja? Bem que o pastor Zezinho podia abrir uma lá.

(Foto: personagem do Maurício de Souza)

sábado, 17 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Não tem papo




Fonte: site Martha Stewart

sábado, 10 de outubro de 2009

Marge conversa com o coelho



Estou curiosa para ler a "entrevista" de Marge Simpson na edição de novembro da Playboy norte-americana. Reparem como ela está à vontade na foto, com o jeito sexy Marge de ser.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A filha pródiga



- Hei, você!
- Hum?!
- Você aí de fora!
- Quem está falando? É minha consciência?
- Se preferir me chamar assim...
- Tipo o Grilo Falante?
- Na verdade, sou seu "eu lírico".
- E porque você resolveu aparecer agora, depois de tantos anos.
- É que eu não agüento mais ficar aqui aprisionado. Você bem que podia escrever qualquer dia desses no blog de diálogos, né?
- Pois é, mas a vida anda tão corrida...
- Não me venha com desculpas.
- ...tem o trabalho, a casa. Nunca consigo parar para digitar um textinho...
- Eu te conheço por dentro, lembra?
- Ok ok... Vou ver se fico mais de orelha em pé.

(Foto: personagens do Walt Disney)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ah se a moda pega...


O empresário sul-africano Milton Mbele, de 44 anos, casou-se com quatro mulheres na mesma cerimônia. Ele pagou 33 vacas pelas noivas.

(Foto: AP)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Os 10%

A alemã falava português superbem. De vez em quando atropelava um tempo verbal, mas nada grave. Uma dessas, porém, vale o registro "orelhaepéico".

Passeando por São Paulo, a loirona pegou um resfriado daqueles, com dor de garganta, tosse e tudo. Mesmo assim, saiu para almoçar com os amigos brasileiros

- Acho que também estou resfriado... comentou o amigo local.

- Que chato... e você também tem o mesmo que eu?

- O quê?

- Dor de gorjeta?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Vou estar aguardando ...


Duas amigas navegam pelo site da TAM em busca de passagens para Salvador

- Beleza, então vamos fechar duas, ida e volta, pra tal dia e tal hora, certo?
- Isso aí. Manda bala, pode comprar!
- Ok!
- ...
- Ué, deu erro. A minha compra não foi efetuada. Vou tentar de novo com outro cartão.
- Beleza!
- Vixe, erro de novo.
- Vou tentar com o meu cartão, então.
- Tá!
- Vixe o meu também deu erro. Vou tentar a última vez, ok?
- Beleza.
- Nada.
- Vamos até o aeroporto e compramos direto na loja da TAM, mais fácil.
- Ok!

Uma hora depois, ao voltarem do aeroporto com as passagens na mão, uma delas resolve checar seus e-mails:

- Ih, ferrou!!
- O que foi, amiga?
- Recebi um e-mail dizendo que a minha compra online foi efetuada com sucesso.
- Que bizarro!!!
- Vamos ligar lá agora.

ATENDIMENTO ELETRÔNICO: - O tempo de espera é de uma hora e vinte e dois minutos.

- Meu, não acredito que ainda por cima vamos ficar penduradas mais de uma hora esperando a boa vontade dos cidadãos.
- Putz!!!
- E agora?
- Bom , fica aguardando no telefone que eu vou fuçando aqui no site.
- Ok!
- ...
- ...
- Achei uma ficha para solicitação de reembolso. Vou preenchê-la!
- Beleza.
- Bom já preenchi. E aí, quanto tempo falta para te atenderem?
- Acabaram de dizer que faltam 10 segundos, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 ...

ATENDENTE TAM: - Alô, em que posso estar te ajudando?

E a cliente, pacientemente, explicou toda a situação.

ATENDENTE TAM: - Neste caso, não poderemos estar te reembolsando com 100% do valor pago, porque preencheram o formulário errado.

- Meu senhor, você não entendeu, nós só cancelamos a compra porque ela está duplicada. E se o sistema de vocês fosse bom iriam perceber isso na hora da nossa compra.

ATENDENTE TAM: - Bom, vou estar passando outro número de telefone para vocês o do Fale com o Presidente. Eles, certamente, vão resolver o problema de vocês.

- Se o tal do presidente resolver, tudo bem.

ATENDENTE ‘FALE COM O PRESIDENTE’ : - Boa noite, em que posso ajudá-la.

E lá foi a moça explicar tudo de novo. Quase uma hora depois de “negociação” disseram que devolveriam 100%.

Dois meses depois...

ATENDENTE ‘FALE COM O PRESIDENTE’: - Boa noite, em que posso estar te ajudando?

- Seguinte, faz dois meses que aconteceu isso, isso, isso e vocês me disseram que haviam estornado junto à operadora de cartão de crédito. Realmente enviaram. Mas foi pra uma das compras.

ATENDENTE ‘FALE COM O PRESIDENTE’: - Como assim?

- Eu achava que a compra estava duplicada: uma via site e a outra via loja física, mas descobri que estava triplicada. Vocês cobraram duas vezes no meu cartão via site.


Vinte minutos depois ...

ATENDENTE ‘FALE COM O PRESIDENTE’: - Agora eu entendi, então, não tem de ir nenhuma cobrança para o seu cartão.

- Aleluia, até que enfim que entendeu. Não, a cobrança já foi para o cartão da outra passageira.

ATENDENTE ‘FALE COM O PRESIDENTE’: - Registrei tudo aqui, anexei a fatura do seu cartão que acabou de nos enviar por e-mail e vou encaminhar para o financeiro, ok?

- Tá, mas quando terei uma resposta?

ATENDENTE ‘FALE COM O PRESIDENTE’: - Fique tranquila, que receberá uma resposta por e-mail.

- Ok!

Uma semana depois ...

ATENDENTE ‘FALE COM O PRESIDENTE’: - Boa noite, em que posso ajudá-la?

- Estou com um processo em aberto com vocês, há mais de dois meses, e gostaria de saber como está o meu caso.

ATENDENTE ‘FALE COM O PRESIDENTE’: - Só um minuto, por favor...

- ...

ATENDENTE ‘FALE COM O PRESIDENTE’: - Ainda não temos uma resposta, ligue daqui a cinco dias...

E assim continua...

Em breve (ou não), cenas dos próximos capítulos ...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Na contramão




Terminal de ônibus na Vila Madalena, em São Paulo

Às 13h20, uma motorista entra com o seu carro na contramão do terminal de ônibus, estaciona o carro em um dos corredores e a passageira desce calmamente. Poderia ser um assalto, sequestro ou até mesmo um acerto de contas (mania de paulista).

Fiquei pensando em onde me esconderia e estava preparada pra correr, se os tiros começassem. De repente, o fiscal do ponto gritou com a motorista.

- Ei, a senhora precisa tirar o carro daí! É proibido parar aqui, a senhora não tá vendo?

- Não gostou? Manda guinchar!”, desafiou a mulher, que saiu andando, com toda a calma do mundo, e atravessou a avenida Heitor Penteado.

O que aconteceu?

O meu ônibus chegou e eu fiquei sem saber se o carro foi guinchado, a maluca internada...


Por Marilda Santos

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Muito ajuda quem não atrapalha



Casal fazendo compras no supermercado:

- Mas porque demora tanto para escolher o sabão em pó? Não é tudo igual? – pergunta o rapaz irritado.
- ...
- E o papel higiênico? Escolhe qualquer um!
- ...
- Você gasta muito com absorvente!
- ...
- Mas você também entra em tudo quanto é corredor!
A moça, em frente à prateleira de xampus:
- Não sei se você percebeu, mas eu tenho cabelo.
Ele, careca, abaixou a cabeça. Deve ter ficado quieto o resto do caminho.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Em um restaurante de estrada...


Arte: Felipe Pratti
- Macarrão, farofa, feijão ...

- ...

- ... frango! Benhê, qué frango?

- Não! Obrigada.

- Ops! Você não é a minha mulher.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Previsão para aquário



“Aquariana, você está entrando em um período de azar em sua vida material.”

-Aha, até parece – disse a moça, olhando o horóscopo na tela do computador.

No dia seguinte, por volta das 7h30 da manhã, estava dirigindo seu carro a caminho do trabalho, quando, de repente, um velho cruzou a via em sua frente.

- Não é possível! – gritou a moça, enquanto freava bruscamente a tempo de impedir que o seu carro o atingisse, mas o veículo que vinha atrás não teve a mesma sorte e entrou em cheio na traseira do carro dela.

- Nham rhrrrr ahhhhh raaaaa – resmungou o velho ao mesmo tempo em que atirava um pedaço de madeira contra o carro da moça.

- Hoje é meu dia!?!? – reclamou a moça.

- Vamos parar lá na frente – gritou o japonês, que bateu no carro da moça.

- Você viu que o velho atirou um pedaço de pau no meu carro, ainda por cima? – lamentou a moça.

- O meu carro tá bem pior que o seu e o óleo tá vazando. Tô atrasado e ainda preciso levar o carro na concessionária – disse o japa com cara de choro. Ele virou as costas, entrou em seu prisma e se misturou aos demais carros da movimentada via.

A moça entrou em seu Ford KA, que estava com a traseira amassada, e seguiu para o trabalho, ansiosa para saber o que os astros iriam reservar pra ela no dia seguinte.

sábado, 8 de agosto de 2009

Ô psit!

Em uma noite de trãnsito tento, em uma região movimentada da Zona Oeste de São Paulo, sobem em um ônibus um grupo de quatro mulheres.

A mais velha passa seu bilhete de idoso pela catraca e vai se encaminhando para o fim do ônibus. As outras três, a mais nova usando máscara de proteção contra a gripe suína, param perto do motorista.

Aí começam a se agitar:

- não é esse, não, vamos descer!

- ô... ô... Desce!!!

Desembestaram a gritar para o fundo do ônibus.

- ôôô, deeeeeeesce!!!

Irritado, um outro passageiro fala com as mulheres:

- O nome dela é "odesce", por acaso? Dona Odesce, desce daí! Desce Dona Odesce!
Chama pelo nome, ôxe!

As moças desceram, mas o passageiro não se conteve:

- Ô gente burra da peste.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sim !

Este casal chinês, que criou um cenário de guerra durante a festa de casamento, me lembrou um casório no qual estive há alguns anos. Também havia um belo gramado e uma lagoa, mas o destaque não estava nem no fogo, nem na terra, muito menos na água mas, sim, no ar.

O noivo, paraquedista com mais de dez anos de experiência, decidiu inovar e literalmente caiu do céu. Pena que a noiva não quebrou o protocolo para ver o seu futuro marido rolar na grama com elegância.

(Foto: Reprodução/Longhoo)

domingo, 2 de agosto de 2009

Linha cruzada

Na padaria

Enquanto aguardava a garçonete trazer o seu lanche, a moça pegou o telefone celular e ligou para a concessionária para tentar agendar uma visita e resolver um probleminha em seu carro.

- Boa tarde, meu carro está com uma peça quebrada e eu quero saber se poderiam me atender ainda hoje?
- ...
- Não tem nenhum horário mesmo? E amanhã de manhã?
- ...
- Tudo bem, então ligo na próxima semana pra tentar agendar, ok? Obrigada!


A moça mal havia desligado o telefone e uma senhora usando boina e sapato fino vermelhos e agasalho de moletom, que estava na mesa da frente, virou-se e comentou:

- Que absurdo, não? E se o seu carro te deixar na mão? A atendente não quis nem saber.
- ...
- Você não sabe o que aconteceu comigo outro dia, menina?
- O quê?
- Acredita que a porta de uma agência bancária apitou quando eu estava entrando no local?
- Jura?
- Não é um absurdo?
- Claro.
- Então, aonde você vai levar o seu carro?
- Ainda não sei.
- Posso te dar uma dica? Conheço um lugar bem legal, é a oficina do meu sobrinho.
- Legal. Fica aqui perto?
- Não muito, mas vale à pena. Aceita o cartão de lá?
- Claro.
- Vou buscá-lo no meu carro e já volto.
- Ok!

Alguns minutos depois a senhora voltou com um folder da oficina na mão, puxou uma cadeira e sentou-se perto da moça.

SENHORA: - Ai, este meu sapato aqui está saindo do pé. Ele é muito feio. Não sei porque estou usando.
MOÇA: - É?
- Então, aqui está o número da oficina.
- Legal. Muito obrigada.
- Não se esqueça de dizer que fui eu, Marli, que te indiquei, tudo bem?
- Pode deixar.
- A atendente lá é a Aline. Ela é minha sobrinha também.
- Obrigada.
- Bom, preciso ir. Ai, meu sapato continua saindo do meu pé. Você acredita que ainda preciso levar o meu cachorro lá na Cardoso de Almeida?
- Não acredito?
- Prazer em conhecê-la.
- Prazer foi meu. Muito obrigada.

A senhora foi embora, mas antes parou perto do balcão para se apoiar e dar mais uma ajeitadinha em seus feios sapatos vermelhos.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Delicadeza a portas fechadas



A viagem está prestes a começar e o ônibus já está de portas fechadas quando o molequinho resolve que quer fazer xixi.


A mãe o leva até o banheiro no fundão com a recomendação toda educada:


- Fulaninho, sem deixar encostar, hein? Não pode, é sujo e anti-higiênico, você pode ficar doente


A mãe e o menino entram no reservado, a porta se fecha. Até que só se houve a mãe:


- P**a Q*e o P***U, fulaninho. Quantas vezes eu falei que não é para enconstar e p***a do p*u na privada?

Sorria! Você está sendo filmada.



Taí alguém que leva uma mensagem a sério. Ou melhor, sorrindo :)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Até a última ponta



Numa conversa básica no fumódromo da empresa:

- Vocês viram o Massa?
- Pois é...
- E o Corinthians?
- Nem fale...

O cigarro de um deles cai no chão:

- Hei, o que tá fazendo?
- Jogando fora. Caiu e tá sujo...
- Mas se você fuma 4.700 substâncias tóxicas, qual o problema de umas bacteriazinhas?

domingo, 26 de julho de 2009

Entre roncos e gritos

Em Londres, em um flat do tipo república, moravam quatro pessoas. Um colombiano dividia um dos dois quartos com um brasileiro. No outro, uma polonesa estava momentaneamente sozinha, na entressafra de uma tailandesa pancada e uma argentina até que legal.

Um sábado de manhã, a namorada do brasileiro chega enquanto ele ainda está no banho e é recebida pela polonesa:
- Oi , tudo bem? Entra, O fulano ainda está no banho.

- Ah, beleza, eu espero. E tudo bem com você?

- Tudo sim. Mas, sabe, estou tão sem graça.

- Por quê?

- Ontem de noite acho que fui meio inconveniente.

- Como assim?

- É que meu namorado veio dormir aqui e eu sou um pouco escandalosa...

- hein?!

- Acho que gritei demais. A hora que acordei, desci e vi o colombiano dormindo no sofá. Acho que nossos barulhos não o deixavam dormir e ele desceu. Que mal, nem sei o que dizer...

- ...Ahn... é, nem eu.

Logo depois, o brasileiro saiu do banho e comentou, sem saber ainda do papo com a polonesa, que o colombiano tinha ido dormir no sofá pois o ronco verde e amarelo estava além do suportável. E e ele provavelmente nem se deu conta da festinha da polaca.

Dá uma cerveja aí, c*&$#!%?!

Em um bar na Espanha, o cliente só recebe a bebida se xingar o barman. O dono garante que as pessoas que capricharem nos xingamentos levam chope e petisco na faixa. A Casa Pocho fica em Cullera, cidade litorânea perto de Valencia.

Se você se animou, antes de arrumar as malas, confira alguns palavrões em espanhol, clicando aqui e aqui também para chegar lá bem afiado.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Vire à direita!... ou não


Duas amigas paulistas durante a primeira visita à Bahia:

GPS (vulgo Valdomiro) - Vire à direita a 3 km.
Lulu: - Vixe, ele tá mandando a gente virar à direita, mas acho que não é não.

Valdomiro: - Vire à direita a 500 m.
Cacá: - Também acho que não é. Minha intuição diz que temos de dobrar à esquerda.

Valdomiro: - Vire à direita a 200 m.
Lulu: - Concordo, vou virar à esquerda.

Valdomiro: - Vire à direita, VIRE À DIREITA, VIRE À DIREITA
Cacá: - Isso vira à esquerda, vira, vira.

Valdomiro: - RECALCULANDO A ROTA!?!?

(SEGUNDOS DE SILÊNCIO)

Cacá: - Vixe, Lulu, esse caminho tá estranho.
Lulu: - Pois é, a rua é sem saída e se eu continuar vamos cair no mar.
Cacá: - Melhor não, não estou de biquíni.
Lulu: - Nem eu, vou voltar.

Valdomiro: - Vire à direita a 200m.
Lulu: - Tenho certeza de que temos de seguir reto. Lembro desse caminho.

Valdomiro: - VIRE À DIREITA, VIRE À DIREITA.
Cacá: - Beleza, Lulu, segue reto.

Valdomiro: - RECALCULANDO A ROTA!!!???

(MAIS ALGUNS SEGUNDOS DE SILÊNCIO)

Cacá: - Lulu, acabei de ver uma placa com a informação: Sergipe a 170 km.
Lulu: - Vixe, acho que estamos na direção errada.

Valdomiro: - &%$#!*&%?x
Lulu: - Xii o Valdomiro parou de funcionar.
Cacá: - Melhor assim, porque senão corremos o risco dele dizer:
“EU JÁ FALEI PRA VIRAR À DIREITA, PORRA!!”

terça-feira, 21 de julho de 2009

Bom, não fica...

Numa loja de coisas par casa duas senhoras se deparam com um kit de comida japonesa:

- Meu filho que gosta dessas coisas. A noiva dele até fez um curso!
- É mesmo? Lá em casa a gente faz de vez em quando comida japonesa.
- Fazem sushi e sashimi?
- Não, fazemos yakissoba.
- E fica bom?
- Bom não fica. Mas a gente come mesmo assim.

Para não deixar ninguém na mão, segue a receita

*colaborou Camila Gracia

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Moqueca bahiana



Num restaurante em Salvador:

Garçonete: - E aí, gostaram da moqueca?
Clientes: - Estava uma delícia! Muito boa mesmo!
- Então, vocês perceberam que o prato veio trocado?
- Não! Veio?
- Pois é, vocês pediram moqueca de peixe, mas comeram de peixe com camarão.
- Isso nós percebemos, mas pensamos que era assim mesmo o prato.
- Não! A outra moça trouxe o prato daquela mesa ali pra vocês e eles reclamaram.
- Ah eh?
- Sim, mas já resolvemos tudo. Vocês pagam o prato deles e eles o de vocês e pronto – e saiu rapidamente antes que as clientes resolvessem questionar.

Detalhe: o prato que as clientes pediram custava R$30,00 e o que comeram valia R$ 50,00. Como estavam de férias, não esquentaram a cabeça e pagaram o valor pedido, apesar de terem dado R$ 20 a mais por causa de meia dúzia de pequenos camarões no prato.

domingo, 5 de julho de 2009

O mais barato, por favor!



Na padaria

- Por favor, me vê um maço de cigarros?
- De qual marca?
- Qual é a mais barata?
- Derby Menthol
- Débil Mental?
- Hahahahaha
- Desculpe, é que eu não fumo. Não conheço as marcas.
- Percebi.
- Este que está na sua mão é o mais barato?
- É!
- Me vê três, então.

domingo, 28 de junho de 2009

Barão de Itararé e amigos

Outro dia, presenciei uma discussão de uma moça com o marido, que insistia em deixar a barba crescer. Ela dizia que aquele “matagal” a incomodava. Apesar de ser uma barba de respeito não chegava aos pés das desses senhores, premiados no Campeonato Mundial de Barba e bigode.





A partir da esquerda, os alemães Hans-Peter Weis (terceiro), Gerhard Knapp (segundo) e o norte-americano David Traver (primeiro), vencedores da categoria barba estilo livre.
(Foto: Rebecca Coolidge/Divulgação)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Didn't stop 'till get enough

Em 9 meses morando em Londres, entre 2003 e 2004, o que essas orelhas mais ouviram foi Don't Stop 'till Get Enough.

R.I.P Jacko


quarta-feira, 24 de junho de 2009

Questão de conceito

Era um ensaio fotográfico com crianças. Elas estavam no que seria uma festa de aniversário e usavam roupas escolhidas pela produção de moda.

Vestidos coloridos, meias listradas, sapatos desenhados, luvas, cachecóis, chapéus e acessórios diversos. Então uma das meninas vira para a mãe e fala:

- Mãe, porque elas estão usando vestido, meia sapato, cada coisa de uma cor? Nunca via gente vestida assim, é moda?

- Então filha, é que isso não é de verdade. É como nos desfiles de moda, tudo exagerado e que depois ninguém usa na vida real.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Buá de babá

Nos idos dos anos 90, a filha era recém-nascida e estava com a babá. A mãe chega em casa e pega a babá aos prantos, mas chorando copiosamente.

- O que aconteceu???

- (...) Ela morreu (...), disse ela entre soluços

- Quem morreu? o que aconteceu?

A mulher chorando muito, mal conseguia falar. Até que disse, indignada:

- Ela!!!!!

- Quem é ela, quem morreu, fulana?

E a babá mais indignada ainda vira-se para a patroa e diz:

- A Lady Di!!! Ela morreu...

E seguiu chorando horrores, soluçando e se afogando em lágrimas

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Achados e perdidos


Numa empresa, um novo funcionário entra em uma sala e pergunta:


- Aqui é o setor de achados e perdidos?

- Não! Ou melhor, depende! - disse uma moça.

- ...

- Na verdade, as pessoas costumam perder algumas coisas por aqui.

- ...

- A cabeça, a paciência ...

- A noção ... - gritou outra moça do fundo da sala.

- Você perdeu alguma dessas coisas?

- ...

domingo, 14 de junho de 2009

Feliz Páscoa!


Oops, feriado errado, mas vale a piada.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Né, Cleide?

Em uma matéria exibida na TV sobre o lazer no Piscinão de Ramos:



- Com quem a senhora veio? Com o marido? - pergunta a repórter.

- Vixe minha filha, o marido me serve em casa.

- É mesmo?

- É, sim. Pra passear 'nós vem' sozinha, né, Cleide?

- É sim. Eu disse pro meu marido que eu ia trabalhar, mas tô aqui, curtindo o Piscinão, comendo um peixinho. Êta vida boa - confirma Cleide.

(Foto: Folha Imagem)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pague um, leve dois

Várias vezes ao dia o rapaz recebia ligações de mulheres no ‘serviço’. Como ele passava boa parte do tempo em atividades externas sobrava para as suas colegas de trabalho atender ao telefone.

- O Fulano está?
- Não.
- Onde ele foi?
- Ao banco.
- E demora?
...

- Pede para o Fulano ligar pra mim?
- Tá e quem é você?
- A Chiquinha, oras.
...

E todo dia era isso. Até que um dia nenhuma delas o procurou.

- Ihhh, você tá em baixa, hein, Fulano. Hoje ninguém te ligou.
- É porque eu comprei outro chip de celular, nessa promoção boa de pague um, leve dois. Aliás, sobrou um chip, alguém quer comprar?
- Ué, mas e o seu número antigo?
- É o número que a minha esposa tem e o novo é só pras outras. Dependendo do dia eu troco o chip.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

confusões (quase) inofensivas

Em uma sala vazia, meia dúzia de meninas do segundo colegial* matam aula de educação física.
Uma delas comenta que está se sentindo mal e a outra pergunta:

- que você tem?

- Acho que é pressão baixa, às vezes tenho isso.

- sério? e o que você sente?

- umas tonturas, às vezes escurece a visão

- por que você não come um pouco de açúcar?

Uma terceira entra no meio do papo

- Para pressão baixa o que se tem de comer é sal.

- Ah, é! Me confundi, açúcar se dá para diabéticos!


*atual ensino fundamental. Mas na época era assim que chamava, tá? E é melhor não falar o ano da tal época para não denunciar a idade de quem vos escreve, que presenciou e afirma e dá fé que rolou mesmo o diálogo acima.

sábado, 23 de maio de 2009

Papo com papas

(Foto: Reprodução/Site oficial - artista libanesa Ginou Choueiri )

terça-feira, 19 de maio de 2009

Off road

No táxi, passando em frente a uma concessionária de carros importados, em São Paulo:

- Olha aí. Só carrão!
- Pois é...
- Mas eu não recomendo não. Ano passado um cliente meu comprou um Subaru Legacy.
- É bonito.
- Bonito é, mas eu falei para ele que, se era para andar em Bauru, ia trocar quatro pneus em um ano.
- ...
- Ele me ligou outro dia e confirmou: já comprou quatro pneus! Não sei por que o pessoal daqui inventa de comprar carro importado.
- É, nossas ruas têm muito buraco e valeta.
- E os manés compram Passat alemão para andar nessa buraqueira. Aquilo lá é feito para rodar em tapete persa.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Como não conquistar um cliente


Em uma calçada movimentada, perto de um ponto de ônibus e uma estação de metrô, uma moça passa mais do que apressada. Ela para ao ouvir alguém chamando.

- Moça, moça! Olha, caiu!

Ela para, olha para o chão, não encontra nada e olha para a cara da mulher que a chamou tentando enteder o que se passa.

Eis que a outra, uma riporonga com seu mostruário de brincos, explica com um ar de suposta genialidade:

- Caiu o preço dos brincos! Compra, compra!
...
...
...

Em cumprimento à determinação do Ministério da Justiça, a reação e palavreado da moça não podem figurar em um blog de classificação livre.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Estava escrito



No ônibus, numa viagem do interior para São Paulo, duas desconhecidas que se sentaram lado a lado:

- Que coisa essa gripe suína, não?
- Pois é. E agora nem pode mais falar que é do porco.
- E você lembra que teve a gripe do frango?
- É, matou um monte de chineses.
- E agora é a vez dos mexicanos.
- Tem aparecido um monte de doença estranha...
- Mas eu já sabia. Tudo isso aí tá escrito na bíblia.
- Ah, é?
- Lá no capítulo tal, versículo tal diz que o Apocalipse vai estar próximo quando "doenças desconhecidas começarem a aparecer".
- Hum... E não tem como evitar?
- Não. Agora é sentar e esperar.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Será que é ela?

No táxi, no Rio de Janeiro

Ao passar pelos Arcos da Lapa, uma das passageiras pergunta aos outros que estão no carro:

- Aquela garota de programa é homem ou mulher?

- É homem – disse um rapaz.
- É mulher – afirmou o taxista.
- Olha que é homem – reforçou o rapaz.
- Bom, prefiro não colocar a minha mão no fogo. Uma vez um passageiro também se confundiu e...
- O que rolou?
- Ele viu um mulherão na Avenida Atlântica e pediu para eu parar o carro.
- O senhor parou?
- Então, eu disse que desconfiava que o mulherão fosse homem.
- E ele?
- Não acreditou em mim, me pediu para dar várias voltas na avenida e, depois de rodar por uns 10 minutos, me pediu para parar o carro ao lado da tal garota.
- Ele desceu?
- Não. Ele a chamou e pediu para que se aproximasse do carro para conferir o “produto”.
- Era mulher?
- Não.
- E depois, o que ele fez?
- Convidou a “garota” para entrar no carro e pediu para levá-los a um hotelzinho na Lapa mesmo.
- Rapaz?
- Pois é.

PS: A pergunta que não quer calar: será que o passageiro era um tal jogador de futebol?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Apenas aritmética

No supermercado, uma senhora pergunta para a funcionária que repõe as prateleiras:

- Vocês têm o pão de 11 grãos?
- Só um minuto que vou conferir no estoque, senhora. (e lá se foi)

Eis que surge uma outra senhora curiosa:

- Olha, tem o pacote de pão de 7 grãos, está bem ali!
- Obrigada, mas eu quero o de 11 grãos.
- Existe muita diferença, qual é?
- Tem mais grãos, oras!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Hein?

Esse é dos nossos!


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Linhas cruzadas

Coisa mais fácil do mundo é ouvir conversa alheia enquanto o povo se diverte falando no celular. E como o povo gasta celular...

- oi, tô com saudade... quando você vem?

- é, eu sou brava mesmo. E muito, tá?

- claro, mas tem de ver que ali os dois podem. Isso é dinheiro de pinga para eles.

- mas eu não vou no bar hoje, tá chovendo.

- é mesmo? Ele não gostou? Tem de ver quando ele foi, pois dizem que o evento do almoço bem melhor

- Péra, cof, cof, cof. Afe... Engasguei com minha própria aliva, acredita? Isso que dá falar dos outros

Cada frase é pedaço de uma conversa diferente, mas que ocorriam quase ao mesmo tempo. Ainda bem que ouvir conversa dos outos não dá problema nenhum com a cera do próprio ouvido, não é mesmo, gente?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Que dureza!*




Numa república universitária, em Bauru (SP), uma das moradoras foi até a cozinha preparar um leite com chocolate e encontrou um colega no fogão:

- Oi. Tá fazendo almoço só agora?
- Só.

Foi para o quarto e quando voltou para colocar o copo vazio na pia:

- O que você está fazendo aí que está demorando?
- Tô cozinhando uns ovos...
- Hum...

A moça foi tomar banho e quando voltou estender a toalha:

- Ovos ainda?
- Sim...

Foi estudar um pouco e, então, voltou para a cozinha novamente:

- Mas, Fulano, quantos ovos você vai comer hoje???
- Até agora não consegui comer nenhum. A casca não fica mole nunca!

*História passada no ano 2000. Acredite se quiser.

(Foto: stock.xchng)

Monólogo exterior

Num taxi, saindo do ponto do metrô Santa Cruz, em São Paulo:

- Boa noite.
- Vai pra onde?
- Para uma travessa da rua Santa Cruz.
- ...
- Você viu o acidente de ônibus de hoje?
- ...
- Foi logo ali, descendo o Pastorinho, perto da curva para o Ipiranga.
- ...
- Eu passei hoje lá manhã. O ônibus entrou na casa.
- ...
- Arrancou portão, muro...
- ...
- Mas acho que não feriu ninguém.
- ...
- ...
- ...
- Seu dinheiro está aqui.
- ...
- Boa noite.

E foi assim que nasceu o segundo monólogo do “De orelha em pé”.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sem palavras

Ao bater o olho nesta senhora cubana que estava sentada nas ruas de Havana, tirei a minha máquina fotográfica da bolsa. Sem trocarmos uma única palavra, tivemos a seguinte "conversa":

- Posso fotografá-la?

- Não - disse a senhora, enquanto abria o seu leque e cobria o rosto.

- Gostaria de lhe dar alguns presentinhos, aceita?

- Claro!

- O que prefere o chaveiro ou a bandeira do Brasil?

- O paninho!*

- A bandeira?

- Isso!

- Aqui está. Posso fotografá-la?

- Claro!


* Detalhe: o "paninho" aparece na foto. Está sobre as pernas da senhora cubana.


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Maçã com bluetooth

No Centro de São Paulo:


Véspera de Natal e algumas amigas resolvem beber em um boteco próximo ao Teatro Municipal. Às 23 horas, o garçom anuncia que o bar está se preparando para fechar. Elas se despedem e tomam caminhos diferentes.

Uma delas segue em direção ao metrô Anhangabaú quando é abordada por dois garotos que não deviam ter mais de 12 anos.

- Tia passa o celular.

- Eu não tenho celular.

- Passa o celular! Vamos te furar, hein?

- Eu não tenho um celular, mas tenho uma maçã.

- Deixa eu ver a maçã, porra!


E a moça se apressa e tira a fruta da sacola.

- Toma aqui.

Eles pegam a maçã, se entreolham, olham para a moça como quem diz obrigado - mas sem palavras - e vão embora.

A partir deste dia a moça nunca mais andou sem uma maçã na sacola.

Eloquência na catraca

meio de tarde de um dia de semana em São Paulo, em um ônibus que segue de Santo Amaro para o centro da cidade. O cobrador bate um papo animado com a galera:

- tá vendo esse teto aqui (e aponta pro céu)? Isso é obra de deus, dúvido qualquer pedreiro construir um treco desse. E ainda cobre todos os países do mundo e nem avião sobe até lá...

... homem pode contruir o que quiser, mas quero ver ele fazer uma fruta, que é coisa só da natureza! Pode perguntar pro Papa, ele falou dessas coisas quando veio no nordeste. Ele mora lá no Vaticano. Vocês sabem o que significa o Vaticano?

Sem resposta, ele coninua:
- Vaticano é um país entre a Bélgica e a Itália, lá que nasceu o catolicismo, a primeira religião de todas, depois que leram o velho testamento. E o papa nasceu numa cidade na Polônia, Vassóvia (sic). De lá que nasceu o pecado. Foi quando Adão comeu a maçã e a Eva comeu a banana, sabe?

- Mas também, que o Adão ia fazer com quela mulher pelada? Só se fosse baitola, que nem padeiro baitola, que queima a rosca e assa o pão.

Depois o monólogo seguiu com futebol rolou até a escalação Flamengo campeão mundial em 1981. Um papo bravo do cobrador com ele mesmo que nem as orelhas mais atentas foram capazes de registrar.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Cuidando desde cedo

Dois meninos, um de 4 e outro de 2 anos, brincam com um aviãozinho que solta mísseis. A idéia, parece (quem vai entender o que se passa na cabeça de criança), é um fugir enquanto o outro tenta acertá-lo com o míssil.

Em determinado momento, o mais novinho fala pro outro com as mãozinhas no meio das pernas:

- No pinto não, que o pinto é meu!

Moral da história: quem cuida, tem!

sábado, 11 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Almoço a qualquer hora

Na Avenida Paulista, segunda-feira, às 20h30.

Um rapaz aborda os transeuntes.

- Me ajuda, senhor. É para o meu almoço.

Sem sucesso, continua.

- Moça, eu quero almoçar: arroz, feijão, salada e farofa.

Uns cinco metros à frente o vendedor de guarda-chuvas comenta com o vendedor de guloseimas.

- Ué, não entendi.
- Nem eu.
- São oito e meia da noite e ele quer almoçar?
- Ou será que já tá pensando no almoço de amanhã?
- Sei não.
- Também não.

- Chocolate e bala para a sobremesa do almoço – grita o vendedor de guloseimas, aproveitando o gancho.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Busca-se faxineira (mas não de carro)

Uma jovem precisava contratar uma outra faxineira para sua casa. Entrou em contato com uma que lhe foi indicada por uma colega de trabalho:
- Alô, Fulana? Aqui é a Beltrana, amiga da Dona Sicrana, tudo bem?
- Tudo, a Sicrana disse que você ligaria.
- Então, estou precisando de alguém para faxinar lá em casa, quanto você cobra?
- R$ 50 mais condução
- Posso pagar R$ 50 a diária no total
- É... eu não quero mais trabalhar na casa duma outra patroa. Lá a casa é grande, tem criança, credo... E além de tudo lá eu cozinho, é uma trabalheira. Mas olha, com esse dinheiro aí não tem como passar roupa, não...
- Minha casa é bem fácil de limpar, tem apenas um quarto e um banheiro, acho que dá tempo de você fazer tudo.
- Hmmm... não sei... vou se tenho dia livre e ligo pra senhora


No outro dia, às 7h da manhã, toca o celular de Beltrana
- Beltrana, aqui é a Fulana, faxineira.
- ...Bom dia (com muito sono)
- A senhora não quer vir me buscar na minha casa para eu ver se gosto da sua casa e depois me trazer de volta? Assim eu posso saber se quero ou não o trabalho... E a senhora tem de me garantir que não vai me mandar embora, pois eu vou largar o outro trabalho e eu trabalho só porque eu preciso.



Beltrana desistiu da faxineira. Segue procurando alguém que pelo menos tenha vontade de ir até a casa dela para saber mais detalhes da "vaga de trabalho".

Colaboração: Lu Fuoco

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mundo paralelo

No táxi no Rio de Janeiro

- Toca pra Copa, senhor - disse um grupo de paulistas.
- Paulistas?
- Sim.
- Conheço Osasco.
- É mesmo?
- Ah, já vou avisando que torço para o Vasco, mas não discuto política, religião e muito menos futebol. Só preciso dizer que o Romário é o melhor do mundo e não tem pra ninguém. Acho que podiam ‘botar fogo’ em Brasília e a minha religião é ... Olha, olha!
- O quê, senhor?
- Tão vendo aqueles garotos? São moradores do mundo subterrâneo aqui do Rio. Eles sempre tão andando por aí, mas moram embaixo da terra.
- Como assim?
- É que aqui embaixo deste calçadão existe um outro mundo. Eles vão à caça durante o dia e se escondem lá à noite.
- É mesmo?
- É. Durante o dia, vão em busca de artigos de primeira necessidade: máquinas fotográficas, relógios, filmadoras e à noite fazem uso do material lá embaixo.

Toca o celular do taxista.

- Só um minutinho, a patroa me chama.
- Claro.
- Ah, não vou na festa de 92 anos da sua tia-avó, vou trabalhar até tarde hoje. Vai com as crianças e pega um táxi pra voltar.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Chame o ascensorista!

No hall de entrada de um prédio de consultórios médicos, uma grande fila para usar o elevador, uma senhorinha (com um certo sotaque) pergunta a uma moça:

- Nossa, que estranho, não? Para que será esta fila?
- Para poder usar o elevador
- É? mas nunca vi isso...
- Parace que um dos elevadores quebrou e por isso formou essa fila
- Mas qual quebrou?
- Não sei, mas não faz diferença, acho.
- Será que quebrou o que sobe ou o que desce?
-?!?!
- Pois tomara que tenha sido o que desce, vamos torcer.
- ... (acompanha cara de pasma jamais vista)

terça-feira, 31 de março de 2009

Made in USA



No táxi, do Bixiga para a Vila Mariana, em São Paulo (SP):

- Criei seis filhos, três casais. Tudo com faculdade! Pras meninas eu falava que só deixava casar se tivesse estudado. Você sabe como é difícil, né?
- É, é difícil sim.
- Mas acho que isso vem dos meus pais. Eu nasci moreninho assim, mas meus pais não são daqui não.
- E são de onde?
- Minha mãe é de Lisboa e meu pai é americano.
- Americano! Qual seu sobrenome?
- Lincoln.
- Olha só! Igual ao presidente.
- É, o nome é de gente importante, mas eu sou humilde.
- E de região dos Estados Unidos ele era?
- De Houston. Meus avós vieram pra cá naquela crise de 29, sabe?
- Certo. E eles trabalhavam com o quê?
- Ah, abriram uns negócios de restaurante, comida. Mas eles também fizeram todos os filhos estudar.
- Seu pai estudou o quê?
- Meu pai era arquiteto e minha mãe jornalista. Eu sou o caçula de 11 filhos e o único baixinho.
- Nossa, 11... Mas o senhor teve seis, o que hoje dia também é difícil.
- Cinco meus e um que Deus me deu. Deixaram uma japonesinha numa caixa de sapatos em frente de casa. A gente cuidou dela e depois entrou na fila da adoção.
- E foi fácil adotar a menina?
- Virge Maria, foi nada! Quando chegou a nossa vez, queriam dar outra no lugar. Mas a gente queria aquela, a que gente pegou amor, né?
- E vocês nunca souberam quem deixou ela na porta?
- Nunca. Deve ter sido algum coreano ou chinês, porque ela ficou compridona.
- Já tem netos?
- 11 netos e 2 bisnetos.
- Então o senhor casou muito novo!
- A mulher tinha 16 e eu 30. Esse ano a gente faz 42 anos de casados. E eu falo pra vocês: a melhor receita é o diálogo.

Fora do carro, um passageiro olhou para o outro:
- Eu tô achando é que esse motorista tem assistido muito filme de Hollywood.

(Foto: Stock.xchng)

Cavalos fofoqueiros

segunda-feira, 30 de março de 2009

S. Joaquim

No metrô ...

– Estação São Joaquim – anuncia o maquinista.
– Seeeeu Joaquim – grita um passageiro, como se o maquinista pudesse ouvi-lo.

E o passageiro, um senhor de aproximadamente 70 anos, continua.

– Seu Joaquim, aquele safado, ladrão de galinhas. Ele me roubou. Pena que morreu antes de eu me vingar.

Os outros passageiros olhavam para o homem e se entreolhavam. Até que duas mulheres, da equipe de segurança, entraram no vagão.

– Tudo bem, senhor?
– Tudo e com as senhoras?
– Em que estação irá descer?
– Na verdade, eu moro em Taboão, mas agora tô indo para a rodoviária.
– Boa viagem, senhor.

E sem perceber que as moças já haviam saído, virou para uma jovem que estava comendo milho.

– Vou pegar o ônibus e vou lá pra cidade da minha irmã.
– Estação Tietê – anuncia o maquinista.
– Bom pessoal, eu tenho de ir. Fiquem com Deus – se despede o homem dos passageiros que ficam no trem, ao mesmo tempo em que pendurava uma sacola plástica no ombro esquerdo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Otimizando o aprendizado

No ônibus, em São Paulo, entre o cobrador e passageiro:

- Terminei a auto-escola
- É mesmo? Vai fazer o teste pra carta?
- Vou! logo na terceira aula pedi pro instrutor me ensinar a colocar a terceira, a quarta e a quinta (marchas)
- Mas para quê? No exame do Detran só precisa primeira e segunda...

quarta-feira, 25 de março de 2009

Filha de Iemanjá

Na Rua São Bento, no Centro de São Paulo...
... um senhor de 60 anos pede informação a uma moça de 30.

- Por favor, onde fica a Rua 25 de março?
- Basta seguir reto por esta rua ...
- Desculpe interrompê-la, mas você sabia que é filha de Iemanjá?

A moça ignora a observação e continua a explicação.

- ... aí, quando o senhor chegar ao Mosteiro de São Bento, entre a direita na Rua Boa Vista ...
- Você não pode cortar o cabelo, viu moça?
- ... depois o senhor desce a Ladeira Porto Geral e lá estará a Rua 25 de março.
- Muito obrigado, mas só mais uma coisa.
- Diga.
- Pare de brigar com o seu marido minha filha, você anda meio chatinha estes dias.

A moça não disse nada, apenas acenou com a mão esquerda que, aliás, não tinha nenhuma aliança.

Homem de poucas palavras

Funcionários da manutenção, numa agência do Banco do Brasil, em São Paulo:

- Ela me azucrina porque não ligo pra ela.
- E por que não liga?
- Não tenho crédito, né, pô!
- Manda mensagem...
- Ela também me fala isso: "Manda mensagem" (com voz fina).
- E por que você não manda?
- Vocês não entendem que odeio essas coisas?!?
- ...
- Nem na época de escola mandava correio elegante!

terça-feira, 24 de março de 2009

Perdidos e pasmados


No show do Radiohead:

Do lado de fora, preso no trânsito, um homem abaixa o vidro do carro:
- Ei, o que está acontecendo aí?
- Tem um show do Radiohead
- Ah, é que eu moro por aqui e nem sabia

No caminho do estacionamento para a entrada:
- Olha a capa de chuva para não estragar a chapinha!
...
- Rause e Tride, Rause e Tride!

Já no show (uma laminha básica)
- Meu, o cara veio de chinelo?!
...
- Mostra os peito (sic), vagabunda! (para uma mina que subiu no ombro de um cara)

Você ouviu aquilo?

Atire a primeira pedra quem nunca se pegou ouvindo a conversa alheia e, melhor, deu risada com isso. Nem tenha a audácia da filombeta de dizer que isso é coisa de gente inxirida. O negócio aqui é dar orelhada.

Quando você está na fila do banco e dois mano (sic) falam sobre o fim de semana ou o chefe mala...
Ou no cabeleireiro, quando a moça que está com a manicure desfia seus problemas conjugais...
No banheiro do bar, quando aquela amiga está ajudando a outra bêbada a fazer xixi...

A gente só resolveu registrar esses colóquios pra posteridade.

E antes que seja preciso explicar: a URL ficou "orelhaepe" porque alguém foi tão criativo quanto a gente e já deu o nome "orelha em pé" para o seu próprio blog. Isso não é um blog sobre feijoada. Mas pode vir a ser, é só a gente ouvir o que aquele monte de língua fala dentro do caldeirão.