Esse é dos nossos!
segunda-feira, 27 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Linhas cruzadas
Coisa mais fácil do mundo é ouvir conversa alheia enquanto o povo se diverte falando no celular. E como o povo gasta celular...
- oi, tô com saudade... quando você vem?
- é, eu sou brava mesmo. E muito, tá?
- claro, mas tem de ver que ali os dois podem. Isso é dinheiro de pinga para eles.
- mas eu não vou no bar hoje, tá chovendo.
- é mesmo? Ele não gostou? Tem de ver quando ele foi, pois dizem que o evento do almoço bem melhor
- Péra, cof, cof, cof. Afe... Engasguei com minha própria aliva, acredita? Isso que dá falar dos outros
Cada frase é pedaço de uma conversa diferente, mas que ocorriam quase ao mesmo tempo. Ainda bem que ouvir conversa dos outos não dá problema nenhum com a cera do próprio ouvido, não é mesmo, gente?
- oi, tô com saudade... quando você vem?
- é, eu sou brava mesmo. E muito, tá?
- claro, mas tem de ver que ali os dois podem. Isso é dinheiro de pinga para eles.
- mas eu não vou no bar hoje, tá chovendo.
- é mesmo? Ele não gostou? Tem de ver quando ele foi, pois dizem que o evento do almoço bem melhor
- Péra, cof, cof, cof. Afe... Engasguei com minha própria aliva, acredita? Isso que dá falar dos outros
Cada frase é pedaço de uma conversa diferente, mas que ocorriam quase ao mesmo tempo. Ainda bem que ouvir conversa dos outos não dá problema nenhum com a cera do próprio ouvido, não é mesmo, gente?
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Que dureza!*
Numa república universitária, em Bauru (SP), uma das moradoras foi até a cozinha preparar um leite com chocolate e encontrou um colega no fogão:
- Oi. Tá fazendo almoço só agora?
- Só.
Foi para o quarto e quando voltou para colocar o copo vazio na pia:
- O que você está fazendo aí que está demorando?
- Tô cozinhando uns ovos...
- Hum...
A moça foi tomar banho e quando voltou estender a toalha:
- Ovos ainda?
- Sim...
Foi estudar um pouco e, então, voltou para a cozinha novamente:
- Mas, Fulano, quantos ovos você vai comer hoje???
- Até agora não consegui comer nenhum. A casca não fica mole nunca!
*História passada no ano 2000. Acredite se quiser.
(Foto: stock.xchng)
- Oi. Tá fazendo almoço só agora?
- Só.
Foi para o quarto e quando voltou para colocar o copo vazio na pia:
- O que você está fazendo aí que está demorando?
- Tô cozinhando uns ovos...
- Hum...
A moça foi tomar banho e quando voltou estender a toalha:
- Ovos ainda?
- Sim...
Foi estudar um pouco e, então, voltou para a cozinha novamente:
- Mas, Fulano, quantos ovos você vai comer hoje???
- Até agora não consegui comer nenhum. A casca não fica mole nunca!
*História passada no ano 2000. Acredite se quiser.
(Foto: stock.xchng)
Monólogo exterior
Num taxi, saindo do ponto do metrô Santa Cruz, em São Paulo:
- Boa noite.
- Vai pra onde?
- Para uma travessa da rua Santa Cruz.
- ...
- Você viu o acidente de ônibus de hoje?
- ...
- Foi logo ali, descendo o Pastorinho, perto da curva para o Ipiranga.
- ...
- Eu passei hoje lá manhã. O ônibus entrou na casa.
- ...
- Arrancou portão, muro...
- ...
- Mas acho que não feriu ninguém.
- ...
- ...
- ...
- Seu dinheiro está aqui.
- ...
- Boa noite.
E foi assim que nasceu o segundo monólogo do “De orelha em pé”.
- Boa noite.
- Vai pra onde?
- Para uma travessa da rua Santa Cruz.
- ...
- Você viu o acidente de ônibus de hoje?
- ...
- Foi logo ali, descendo o Pastorinho, perto da curva para o Ipiranga.
- ...
- Eu passei hoje lá manhã. O ônibus entrou na casa.
- ...
- Arrancou portão, muro...
- ...
- Mas acho que não feriu ninguém.
- ...
- ...
- ...
- Seu dinheiro está aqui.
- ...
- Boa noite.
E foi assim que nasceu o segundo monólogo do “De orelha em pé”.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Sem palavras
Ao bater o olho nesta senhora cubana que estava sentada nas ruas de Havana, tirei a minha máquina fotográfica da bolsa. Sem trocarmos uma única palavra, tivemos a seguinte "conversa":
- Posso fotografá-la?
- Não - disse a senhora, enquanto abria o seu leque e cobria o rosto.
- Gostaria de lhe dar alguns presentinhos, aceita?
- Claro!
- O que prefere o chaveiro ou a bandeira do Brasil?
- O paninho!*
- A bandeira?
- Isso!
- Aqui está. Posso fotografá-la?
- Claro!
* Detalhe: o "paninho" aparece na foto. Está sobre as pernas da senhora cubana.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Maçã com bluetooth
No Centro de São Paulo:
Véspera de Natal e algumas amigas resolvem beber em um boteco próximo ao Teatro Municipal. Às 23 horas, o garçom anuncia que o bar está se preparando para fechar. Elas se despedem e tomam caminhos diferentes.
Uma delas segue em direção ao metrô Anhangabaú quando é abordada por dois garotos que não deviam ter mais de 12 anos.
- Tia passa o celular.
- Eu não tenho celular.
- Passa o celular! Vamos te furar, hein?
- Eu não tenho um celular, mas tenho uma maçã.
- Deixa eu ver a maçã, porra!
E a moça se apressa e tira a fruta da sacola.
- Toma aqui.
Eles pegam a maçã, se entreolham, olham para a moça como quem diz obrigado - mas sem palavras - e vão embora.
A partir deste dia a moça nunca mais andou sem uma maçã na sacola.
Véspera de Natal e algumas amigas resolvem beber em um boteco próximo ao Teatro Municipal. Às 23 horas, o garçom anuncia que o bar está se preparando para fechar. Elas se despedem e tomam caminhos diferentes.
Uma delas segue em direção ao metrô Anhangabaú quando é abordada por dois garotos que não deviam ter mais de 12 anos.
- Tia passa o celular.
- Eu não tenho celular.
- Passa o celular! Vamos te furar, hein?
- Eu não tenho um celular, mas tenho uma maçã.
- Deixa eu ver a maçã, porra!
E a moça se apressa e tira a fruta da sacola.
- Toma aqui.
Eles pegam a maçã, se entreolham, olham para a moça como quem diz obrigado - mas sem palavras - e vão embora.
A partir deste dia a moça nunca mais andou sem uma maçã na sacola.
Eloquência na catraca
meio de tarde de um dia de semana em São Paulo, em um ônibus que segue de Santo Amaro para o centro da cidade. O cobrador bate um papo animado com a galera:
- tá vendo esse teto aqui (e aponta pro céu)? Isso é obra de deus, dúvido qualquer pedreiro construir um treco desse. E ainda cobre todos os países do mundo e nem avião sobe até lá...
... homem pode contruir o que quiser, mas quero ver ele fazer uma fruta, que é coisa só da natureza! Pode perguntar pro Papa, ele falou dessas coisas quando veio no nordeste. Ele mora lá no Vaticano. Vocês sabem o que significa o Vaticano?
Sem resposta, ele coninua:
- Vaticano é um país entre a Bélgica e a Itália, lá que nasceu o catolicismo, a primeira religião de todas, depois que leram o velho testamento. E o papa nasceu numa cidade na Polônia, Vassóvia (sic). De lá que nasceu o pecado. Foi quando Adão comeu a maçã e a Eva comeu a banana, sabe?
- Mas também, que o Adão ia fazer com quela mulher pelada? Só se fosse baitola, que nem padeiro baitola, que queima a rosca e assa o pão.
Depois o monólogo seguiu com futebol rolou até a escalação Flamengo campeão mundial em 1981. Um papo bravo do cobrador com ele mesmo que nem as orelhas mais atentas foram capazes de registrar.
- tá vendo esse teto aqui (e aponta pro céu)? Isso é obra de deus, dúvido qualquer pedreiro construir um treco desse. E ainda cobre todos os países do mundo e nem avião sobe até lá...
... homem pode contruir o que quiser, mas quero ver ele fazer uma fruta, que é coisa só da natureza! Pode perguntar pro Papa, ele falou dessas coisas quando veio no nordeste. Ele mora lá no Vaticano. Vocês sabem o que significa o Vaticano?
Sem resposta, ele coninua:
- Vaticano é um país entre a Bélgica e a Itália, lá que nasceu o catolicismo, a primeira religião de todas, depois que leram o velho testamento. E o papa nasceu numa cidade na Polônia, Vassóvia (sic). De lá que nasceu o pecado. Foi quando Adão comeu a maçã e a Eva comeu a banana, sabe?
- Mas também, que o Adão ia fazer com quela mulher pelada? Só se fosse baitola, que nem padeiro baitola, que queima a rosca e assa o pão.
Depois o monólogo seguiu com futebol rolou até a escalação Flamengo campeão mundial em 1981. Um papo bravo do cobrador com ele mesmo que nem as orelhas mais atentas foram capazes de registrar.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Cuidando desde cedo
Dois meninos, um de 4 e outro de 2 anos, brincam com um aviãozinho que solta mísseis. A idéia, parece (quem vai entender o que se passa na cabeça de criança), é um fugir enquanto o outro tenta acertá-lo com o míssil.
Em determinado momento, o mais novinho fala pro outro com as mãozinhas no meio das pernas:
- No pinto não, que o pinto é meu!
Moral da história: quem cuida, tem!
Em determinado momento, o mais novinho fala pro outro com as mãozinhas no meio das pernas:
- No pinto não, que o pinto é meu!
Moral da história: quem cuida, tem!
sábado, 11 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Almoço a qualquer hora
Na Avenida Paulista, segunda-feira, às 20h30.
Um rapaz aborda os transeuntes.
- Me ajuda, senhor. É para o meu almoço.
Sem sucesso, continua.
- Moça, eu quero almoçar: arroz, feijão, salada e farofa.
Uns cinco metros à frente o vendedor de guarda-chuvas comenta com o vendedor de guloseimas.
- Ué, não entendi.
- Nem eu.
- São oito e meia da noite e ele quer almoçar?
- Ou será que já tá pensando no almoço de amanhã?
- Sei não.
- Também não.
- Chocolate e bala para a sobremesa do almoço – grita o vendedor de guloseimas, aproveitando o gancho.
Um rapaz aborda os transeuntes.
- Me ajuda, senhor. É para o meu almoço.
Sem sucesso, continua.
- Moça, eu quero almoçar: arroz, feijão, salada e farofa.
Uns cinco metros à frente o vendedor de guarda-chuvas comenta com o vendedor de guloseimas.
- Ué, não entendi.
- Nem eu.
- São oito e meia da noite e ele quer almoçar?
- Ou será que já tá pensando no almoço de amanhã?
- Sei não.
- Também não.
- Chocolate e bala para a sobremesa do almoço – grita o vendedor de guloseimas, aproveitando o gancho.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Busca-se faxineira (mas não de carro)
Uma jovem precisava contratar uma outra faxineira para sua casa. Entrou em contato com uma que lhe foi indicada por uma colega de trabalho:
- Alô, Fulana? Aqui é a Beltrana, amiga da Dona Sicrana, tudo bem?
- Tudo, a Sicrana disse que você ligaria.
- Então, estou precisando de alguém para faxinar lá em casa, quanto você cobra?
- R$ 50 mais condução
- Posso pagar R$ 50 a diária no total
- É... eu não quero mais trabalhar na casa duma outra patroa. Lá a casa é grande, tem criança, credo... E além de tudo lá eu cozinho, é uma trabalheira. Mas olha, com esse dinheiro aí não tem como passar roupa, não...
- Minha casa é bem fácil de limpar, tem apenas um quarto e um banheiro, acho que dá tempo de você fazer tudo.
- Hmmm... não sei... vou se tenho dia livre e ligo pra senhora
No outro dia, às 7h da manhã, toca o celular de Beltrana
- Beltrana, aqui é a Fulana, faxineira.
- ...Bom dia (com muito sono)
- A senhora não quer vir me buscar na minha casa para eu ver se gosto da sua casa e depois me trazer de volta? Assim eu posso saber se quero ou não o trabalho... E a senhora tem de me garantir que não vai me mandar embora, pois eu vou largar o outro trabalho e eu trabalho só porque eu preciso.
Beltrana desistiu da faxineira. Segue procurando alguém que pelo menos tenha vontade de ir até a casa dela para saber mais detalhes da "vaga de trabalho".
Colaboração: Lu Fuoco
- Alô, Fulana? Aqui é a Beltrana, amiga da Dona Sicrana, tudo bem?
- Tudo, a Sicrana disse que você ligaria.
- Então, estou precisando de alguém para faxinar lá em casa, quanto você cobra?
- R$ 50 mais condução
- Posso pagar R$ 50 a diária no total
- É... eu não quero mais trabalhar na casa duma outra patroa. Lá a casa é grande, tem criança, credo... E além de tudo lá eu cozinho, é uma trabalheira. Mas olha, com esse dinheiro aí não tem como passar roupa, não...
- Minha casa é bem fácil de limpar, tem apenas um quarto e um banheiro, acho que dá tempo de você fazer tudo.
- Hmmm... não sei... vou se tenho dia livre e ligo pra senhora
No outro dia, às 7h da manhã, toca o celular de Beltrana
- Beltrana, aqui é a Fulana, faxineira.
- ...Bom dia (com muito sono)
- A senhora não quer vir me buscar na minha casa para eu ver se gosto da sua casa e depois me trazer de volta? Assim eu posso saber se quero ou não o trabalho... E a senhora tem de me garantir que não vai me mandar embora, pois eu vou largar o outro trabalho e eu trabalho só porque eu preciso.
Beltrana desistiu da faxineira. Segue procurando alguém que pelo menos tenha vontade de ir até a casa dela para saber mais detalhes da "vaga de trabalho".
Colaboração: Lu Fuoco
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Mundo paralelo
No táxi no Rio de Janeiro
- Toca pra Copa, senhor - disse um grupo de paulistas.
- Paulistas?
- Sim.
- Conheço Osasco.
- É mesmo?
- Ah, já vou avisando que torço para o Vasco, mas não discuto política, religião e muito menos futebol. Só preciso dizer que o Romário é o melhor do mundo e não tem pra ninguém. Acho que podiam ‘botar fogo’ em Brasília e a minha religião é ... Olha, olha!
- O quê, senhor?
- Tão vendo aqueles garotos? São moradores do mundo subterrâneo aqui do Rio. Eles sempre tão andando por aí, mas moram embaixo da terra.
- Como assim?
- É que aqui embaixo deste calçadão existe um outro mundo. Eles vão à caça durante o dia e se escondem lá à noite.
- É mesmo?
- É. Durante o dia, vão em busca de artigos de primeira necessidade: máquinas fotográficas, relógios, filmadoras e à noite fazem uso do material lá embaixo.
Toca o celular do taxista.
- Só um minutinho, a patroa me chama.
- Claro.
- Ah, não vou na festa de 92 anos da sua tia-avó, vou trabalhar até tarde hoje. Vai com as crianças e pega um táxi pra voltar.
- Toca pra Copa, senhor - disse um grupo de paulistas.
- Paulistas?
- Sim.
- Conheço Osasco.
- É mesmo?
- Ah, já vou avisando que torço para o Vasco, mas não discuto política, religião e muito menos futebol. Só preciso dizer que o Romário é o melhor do mundo e não tem pra ninguém. Acho que podiam ‘botar fogo’ em Brasília e a minha religião é ... Olha, olha!
- O quê, senhor?
- Tão vendo aqueles garotos? São moradores do mundo subterrâneo aqui do Rio. Eles sempre tão andando por aí, mas moram embaixo da terra.
- Como assim?
- É que aqui embaixo deste calçadão existe um outro mundo. Eles vão à caça durante o dia e se escondem lá à noite.
- É mesmo?
- É. Durante o dia, vão em busca de artigos de primeira necessidade: máquinas fotográficas, relógios, filmadoras e à noite fazem uso do material lá embaixo.
Toca o celular do taxista.
- Só um minutinho, a patroa me chama.
- Claro.
- Ah, não vou na festa de 92 anos da sua tia-avó, vou trabalhar até tarde hoje. Vai com as crianças e pega um táxi pra voltar.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Chame o ascensorista!
No hall de entrada de um prédio de consultórios médicos, uma grande fila para usar o elevador, uma senhorinha (com um certo sotaque) pergunta a uma moça:
- Nossa, que estranho, não? Para que será esta fila?
- Para poder usar o elevador
- É? mas nunca vi isso...
- Parace que um dos elevadores quebrou e por isso formou essa fila
- Mas qual quebrou?
- Não sei, mas não faz diferença, acho.
- Será que quebrou o que sobe ou o que desce?
-?!?!
- Pois tomara que tenha sido o que desce, vamos torcer.
- ... (acompanha cara de pasma jamais vista)
- Nossa, que estranho, não? Para que será esta fila?
- Para poder usar o elevador
- É? mas nunca vi isso...
- Parace que um dos elevadores quebrou e por isso formou essa fila
- Mas qual quebrou?
- Não sei, mas não faz diferença, acho.
- Será que quebrou o que sobe ou o que desce?
-?!?!
- Pois tomara que tenha sido o que desce, vamos torcer.
- ... (acompanha cara de pasma jamais vista)
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